Filosofia da Arte. Pensando na ARTE: expressão da IMAGINAÇÃO, da CRIATIVIDADE e dos SENTIMENTOS humanos. Boca Livre – “O Trenzinho do Caipira” com poema de Ferreira Gullar.
11 ago 2020 Deixe um comentário
em Filosofia da Arte Tags:Boca Livre, Ferreira Gullar, Heitor Villa-Lobos
Filosofia da Arte. Poesia. Ferreira Gullar
30 set 2014 Deixe um comentário
em Filosofia da Arte Tags:Arte, Bola, Esfera, Ferreira Gullar, Gol, Poesia
¨O Gol¨
Ferreira Gullar
(Participação do aluno, B.L.C.)
A esfera desce
do espaço
veloz
ele a apara
no peito
e a para
no ar
depois
com o joelho
a dispõe a meia altura
onde
iluminada
a esfera
espera
o chute que
num relâmpago
a dispara
na direção
do nosso
coração.
Reflexões:
1- Toda arte é útil?
2- Toda arte é bela?
Filosofia da Arte e Ética. POESIA. José Ribamar Ferreira. Ferreira Gullar
08 dez 2013 Deixe um comentário
em Ética, Filosofia da Arte Tags:'Conhece-te a Ti Mesmo', Ferreira Gullar, JOSÉ RIBAMAR FERREIRA, Ser Humano
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
– que é uma questão
de vida ou morte –
será arte?
Atividade:
Aponte os versos que mais gostou e diga por quê.
Filosofia da Arte e Política. POESIA. José Ribamar Ferreira. FERREIRA GULLAR
08 dez 2013 Deixe um comentário
em Filosofia da Arte, Política Tags:Alexandre Padilha. MInistro da Saúde, Bomba, Bomba Suja, Desidratação, Diarréia (antes do Acordo Ortográfico de 2009), Ferreira Gullar, Fome, JOSÉ RIBAMAR FERREIRA, Mortalidade Infantil, Nordeste, Piauí, Unicef
A palavra diarreia.
Não pela palavra fria
Mas pelo que ela semeia.
Quem me fala em dor diz demais.
O poeta se torna mudo
sem as palavras reais.
é mera ideia abstrata.
Mais que palavra, diarreia
é arma que fere e mata.
mais que bala de fuzil,
homem, mulher e criança
no interior do Brasil.
no Rio Grande do Norte,
de cem crianças que nascem,
setenta e seis leva à morte.
que explode dentro do homem
quando se dispara, lenta,
a espoleta da fome.
(o relógio é o coração)
que enquanto o homem trabalha
vai preparando a explosão.
muito antes dele nascer;
que quando a vida desperta
nele, começa a bater.
Pelos séculos de fome
e que explode em diarreia
no corpo de quem não come.
é uma bomba suja e mansa
que elimina sem barulho
vários milhões de crianças.
mas não apenas ali
que a fome do Piauí
se espalha de leste a oeste.
quem é que faz essa fome,
quem foi que ligou a bomba
ao coração desse homem.
o cereal que ele planta,
quem come o arroz que ele colhe
se ele o colhe e não janta.
e faz arroz virar fome
é o mesmo que põe a bomba
suja no corpo do homem.
desarmar com nossas mãos
a espoleta da fome
que mata nossos irmãos.
deter o sabotador
que instala a bomba da fome
dentro do trabalhador.
trabalhar com segurança
pra dentro de cada homem
trocar a arma de fome
pela arma da esperança.
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/
Atividades
1. Esta poesia, escrita em 1962, portanto, há 51 anos atrás, diz respeito a uma realidade. Presente ou passada? Justifique.
2. Quais os versos que mais lhe chamaram a atenção? Por quê?
3. Já tinha ouvido falar desse poeta? Poderia escolher um outro poema seu e falar sobre ele?
4. Faça as suas perguntas para os debates em sala de aula.
(‘Por Uma Pedagogia da Pergunta’ – Paulo Freire)
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